segunda-feira, 16 de abril de 2012

Internet altera a forma de comunicar

Aline Xavier
Fernando Santos

(Aeca Ceunsp Ciência) Estar conectado é a onda do momento. Em casa, no carro, no trabalho, em qualquer lugar, através dos smartphones e tablets. A internet é um outro mundo. Milhões de pessoas são dependentes desse meio, que provocou uma mudança radical nas sociedades de todo o planeta. Professora do Ceunsp, onde coordena o curso de Jornalismo, a jornalista Roberta Steganha é formada pela Unesp, onde também fez o mestrado em Comunicação Midiática. De acordo com a docente, nós temos a comunicação anterior à internet e depois da internet. “Não tem como achar que esse momento é igual aos outros”, afirma.

Em sua dissertação de mestrado, Roberta analisa a reconfiguração nos processos comunicativos e a atuação de empresas de comunicação, jornalistas e blogueiros no novo espaço. Em seu artigo explica a dicotomia entre entretenimento e informação presentes nos conteúdos dos blogs G2 (hoje encerrado), que estava ligado ao site de notícias G1, da rede Globo; Mundo Linden e Second Life Informa.

O projeto do Second Life no Brasil, uma espécie de “game” que quis imitar a vida real, não deu certo pela falta de planejamento, de acordo com a professora. Empresas colocaram stands no ambiente, mas não souberam trabalhar de acordo com a linguagem do meio, de forma que atingisse o público alvo que participava da rede. “É importante conhecer a rede social e depois decidir se ela serve para a sua marca ou para você, é importante uma reflexão. É preciso um planejamento. Antes de colocar propagandas, por exemplo, é preciso entender a linguagem daquele meio”, explica Roberta.

A jornalista também trabalhou no portal de notícias da Globo em São Paulo, o G1, mas acabou não se adaptando à correria da cidade. Foi quando veio lecionar no Ceunsp. Pela experiência que tem, diz que o declínio do blog G2 se deu pela falta de atualização, de profissionais experientes e de planejamento.

Nossa geração é a geração da ansiedade, temos essa premissa da instantaneidade e por causa disso todos os processos comunicativos e comportamentais passam a ser reconfigurados”, conta. Roberta usa essa frase que pode ser o ponto chave para que as empresas planejem como aliar entretenimento e informação em projetos que possam dar certo e que atraiam de fato os leitores.

Enfim,o jornalismo clássico vem perdendo espaço para um jornalismo cada vez mais dinâmico e interativo. Os profissionais precisam estar ligados e antenados para saber falar a linguagem do novo público e atender a demanda dos diferentes consumidores de informação. A professora Roberta Steganha, através do seu artigo, soube explicar importantes conceitos e questões que envolvem a comunicação nas novas mídias.

O artigo pode ser lido em http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2008/indiceautor.htm

Aline Xavier e Fernando Santos são estudantes
do curso de Jornalismo do Centro Universitário Nossa
Senhora do Patrocínio (CEUNSP) 

Roberta Steganha é a coordenadora do curso de Jornalismo do Ceunsp

Nenhum comentário:

Postar um comentário