domingo, 21 de outubro de 2012

Uma forma diferente de ensinar



Larissa Santos

(AECA CEUNSP Ciência)
Em sala de aula, transformar pessoas, e, consequentemente, transformar o mundo, é o que propõe a professora Érica Cristiane Belon Galvão, 39 anos, bacharel em Análise de Sistemas pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), em seu mestrado que será defendido ainda neste ano na UNISAL, sob o título Aprendizagem Cooperativa e Comunidades de Práticas: possibilidades para a Educação Sociocomunitária.

Érica conta que o papel do professor não perde a importância, mas ganha novas dimensões e maior responsabilidade, para aproximar o individuo da realidade. Porém, salienta a necessidade que este profissional do conhecimento tem de compreender que já não é suficiente simplesmente juntar os alunos e propor uma determinada tarefa.

A intenção da professora é uma nova configuração social, para que a relação indivíduo, sociedade e trabalho se desenvolvam de maneira sustentável. “Atualmente as pessoas correm freneticamente para estar minimamente informadas. A educação tradicional preza pela competição e pelo aprendizado individual, características que são levadas para fora dos muros da escola. No entanto, quando estes mesmos sujeitos chegam ao mercado de trabalho, são obrigados a trabalhar em equipe, entender e conviver com as opiniões e diferenças alheias”, explica.

A sociedade encontra-se tecnologicamente unida, porém física e humanamente afastada. As pessoas recebem diplomas na escola, lidam com informações objetivas, mas não sabem ousar, criar, correr riscos calculados. Elas sabem lidar com aplausos e desesperam-se diante das vaias. Andam com segurança quando tudo dá certo, mas recuam quando não veem o horizonte e não sabem o que fazer quando tombam no meio do caminho. A aprendizagem cooperativa pode ser uma forma de contribuição para a educação pós-moderna, estendendo a organização dos processos de aprendizagem para a coletividade, meio para favorecer a autonomia formativa dos sujeitos além das suas habilidades sociais.

Para a docente, um dos maiores desafios está em subsidiar os professores que atuam no ensino superior, conscientizando-os da necessidade de transformação da prática docente e fomentando o olhar para as metodologias ativas e as suas implicações favoráveis no processo de desenvolvimento da autonomia e do pensamento crítico do educando. Com o propósito de transformação e emancipação do sujeito e consequentemente da sociedade em que atua.

Larissa Santos é estudante de Jornalismo
do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP)


Érica Galvão fala sobre as possibilidades da Educação

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